Eu sempre acreditei que o trabalho é sagrado.
Prova disso é o tempo que dedicamos a ele, mesmo quando ainda não estávamos formados, estávamos em preparação para trabalhar.
Veja como nossa vida é pautada pelo trabalho.
Culturas no mundo inteiro foram desenhadas a partir do trabalho, pense na época da Revolução Industrial: conhecia-se o ser humano - o que viveu naquelas décadas - em função do modo como trabalhava.
Comece a compreender o significado e o mergulho que vou te convidar a fazer a partir desse texto.
Ou melhor, não é um texto, é um manifesto sobre como os negócios serão conduzidos daqui pra frente.
É o início de uma MUDANÇA CULTURAL no modo como trabalhamos, e isso será um marco histórico.
A vida do ser humano tem sido pautada pela forma como ele trabalha.
Para se conhecer um indivíduo, era preciso compreender a sua relação com o trabalho.
Os tempos mudaram, é bem verdade. Mas será que mudaram mesmo?
Não continuamos nós no estilo Charles Chaplin apertando parafusos, dia após dia, ano após ano?
Será que a época mudou e nós ficamos presos lá ainda.
E por que?
Porque acreditamos ainda que o trabalho é uma corrida, que o mundo é competitivo demais para darmos conta e que o trabalho e vida são coisas completamente separadas.
Todas essas atribuições ao trabalho tem sido a origem de muitos desajustes sociais e emocionais.
Pessoas estão feridas, deprimidas e angustiadas numa corrida de ratos: colocando prioridades em suas vidas de coisas que não são importantes para elas.
E esse ciclo é tão potente que pessoas passam dias, meses e muitos anos repetindo padrões e comportamentos que - muitas vezes - não refletem quem elas verdadeiramente são ou quem gostariam de ser.
É interessante perceber que, embora os tempos parecem nos ter dado liberdade, mais presos estamos.
A forma como trabalhamos continua sendo muito parecida com o tempo de Charles Chaplin.
Criamos nossas próprias gaiolas, e estamos escravizados pelo próprio negócio que construímos.
Os tempos mudaram e a nossa mentalidade, não.
Ter um negócio tem sido caótico a ponto de muitos profissionais de valor pensarem: EU NAO QUERO MAIS ISSO.
Ter um negócio tem gerado mais dor, depressão e ansiedade do que o real propósito de tê-lo: algo fundamentado que gere valor para a vida do empreendedor e para a vida de todas as pessoas ligadas ao seu negócio. Não estou falando só de dinheiro, independente da renda, um negócio quando está vazio de propósito, faz com que nos sintamos enfraquecidos, emocional e espiritualmente.
Os tempos estão pedindo uma nova forma de trabalho e, consequentemente, uma nova forma de vida.
Porque é a nossa vida que está pedindo licença para acontecer.
Ainda não nos demos de que as gaiolas estão abertas e convidando-nos a uma nova maneira de pensar, de agir e de viver.
O início da nossa prisão se deve ao excesso de intelectualismo.
Mesmo sendo estimulados, desde crianças, a trabalharmos o intelecto, a grande verdade é que quando chegamos na fase adulta, na fase do empreender e de viver daquilo que escolhemos, sentimos falta de algo que não sabemos explicar. Um estranho vazio que se instala, em algum determinado momento, mesmo quando sabemos que estávamos tecnicamente preparados.
É como se disséssemos para a vida: é isso mesmo?
É engraçado e paradoxal para nossa mente que sempre acreditou que a resposta sempre pareceu estar - única e exclusivamente - no aprimoramento técnico.
Inclusive, a resposta para o próprio sucesso.
É aquela velha máxima: "estuda, se forma, abre o consultório/escritório, coloca a placa e pronto, vida feita."
E então começamos a nos dar conta de que falta algo no nosso empreender, algo que dê mais significado para os nossos dias, um espaço que precisa ser aberto que integre nossos valores morais, algo que reflita nossa crença em IDEAIS maiores que norteiem nossa existência.
O mundo do empreendedorismo vem, nitidamente, dando sinais concretos dessa realidade quando começamos a falar sobre Identidade, Essência, Propósito, sobre a construção de uma obra enquanto vivemos e empreendemos. Legado!
Um propósito que possa ser transformado em ação diária. Que seja um fio condutor do modo como queremos empreender com mais entrega, além do trabalho técnico bem feito.
Nunca tivemos tanta oportunidade e liberdade para descobrirmos o nosso trabalho ideal: seja na profissão, como na forma de executá-lo.
Começamos a compreender que podemos ser mais íntegros, criativos, ir além da lógica e da racionalidade.
Que podemos nos desenvolver a partir dos desafios que o empreender nos coloca, que podemos ser pessoas melhores ao mesmo tempo em que nos tornamos melhores líderes.
Porque justamente nessa abertura de mentalidade, começamos a ventilar o propósito em tudo aquilo que fazemos.
É como se quiséssemos ser mais NÓS em cada fração do dia.
Não queremos mais esconder numa profissão, pelo contrário, queremos sentir que estamos inteiros ali.
Enquanto focávamos na técnica, veio a visão de um empreender mais consciente, como estava falando.
E o mercado começou a traduzir essa necessidade "em uma máxima": geração de valor.
Constatamos que precisávamos gerar valor e riqueza para nós e para as pessoas, além de entregarmos um excelente trabalho.
Esse foi o momento que começou a gerar dúvidas porque confrontou tudo o que tínhamos aprendido:
COMO FAZER ISSO SE EU SOU SÓ UM MÉDICO, UM ADVOGADO, UM TERAPEUTA, UM PSICÓLOGO?
Nesse momento, começou um confronto entre um velho jeito de pensar com a necessidade e urgência de ter uma visão maior do que só do paciente/cliente sentado à nossa frente.
É isso que tem deixado muitos empreendedores com a sensação de estarem estagnados, mesmo sabendo que seu negócio vale ouro.
Como será então a condução dos negócios daqui pra frente?
Estamos vivendo um momento de colisão de mentalidades: de uma velha, que dizia que as coisas deveriam ser feitas de uma única forma e, de uma nova, que diz que podemos criar e inovar dentro ou fora dos nossos segmentos de origem, trazendo toda a nossa bagagem para um só fim.
A resposta para seguirmos nosso caminho no empreender mais consciente será a aquisição de novas habilidades, e já adianto, você só tomará essa decisão de se tornar um líder - não só no mercado, mas da própria vida.
O que isso quer dizer?
Quero dizer que toda vez que você se predispõe a aprender algo, você coloca suas limitações mentais em jogo: é aqui que todo movimento começa.
Tenho falado muito sobre meus treinos de natação aqui, no Rio.
Toda vez que entro no mar, eu sou desafiada pelas variáveis do dia: mar mexido, onda alta, correnteza...exatamente como são os dias de nossa vida e do nosso trabalho.
Toda vez que eu enfrento o crescimento, eu descubro novas habilidades.
E toda vez que eu cresço como pessoa, meu negócio evolui junto.
(Percebe como tudo está absolutamente conectado?)
Se você se desafia como pessoa, adquirindo novas competências e extraindo o seu melhor desses aprendizados, quão mais forte e valoroso ficará o seu negócio?
Apenas os que se sentirem líderes gerarão negócios de valor.
São nesses momentos de reestruturação que precisamos de um bom plano de adaptação:
E o mais importante: ocupando o lugar de líder.
De quem sabe o que está fazendo, para onde está indo e como está gerando valor e riqueza pra si e para as pessoas.
Profissionais de valor tem tomado a posição de líderes porque já sabem do impacto do que falam, do que fazem, do modo como se organizam, como se dedicam, como se adaptam.
Esses são os profissionais que estarão a frente do mercado: pessoas que estão conscientes sobre quem são e a influência que exercem enquanto empreendem.
Todas essas ideias só poderão ser aplicadas se você, a partir de agora, começar a se ver como um LÍDER: um líder da sua vida, um líder do seu negócio.
O papel de líder é de iluminar, como um farol, o caminho daqueles que estão vindo para você através do seu CNPJ (e não existe CNPJ de valor sem um CPF forte).
A responsabilidade aumentou e nós já sabemos disso: é muito além de um post, é muito além do abrir e fechar a porta da empresa todos os dias, é sobre o impacto que estamos gerando através do modo como trabalhamos.
Num mundo com tanto barulho, pessoas estão precisando de boas orientações, de "serviçais de sabedoria", como bem chamou o Brendon Burchard.
Essas são algumas habilidades que você precisará desenvolver:
1) O confronto da tradição com uma nova mentalidade: mudança de mindset
2) Liderança Digital: como comunicar e liderar por meios digitais
3) Modelo de negócio e Proposta de Valor: estruturação básica de negócios que funcionam
4) Posicionamento com Identidade: mostrando originalidade e moral no negócio
5) Gestão de Stakeholders (públicos ligados à empresa) e o valor que está sendo gerado neles
E todo trabalho é vazio, salvo quando há amor, pois o trabalho é o amor visível.
E quando trabalhais com amor, estais unindo-vos a vós próprios, e uns aos outros, e a Deus.
(Kahlil Gibran)
Todo líder é um alquimista: transforma ideias e ideais em realidade, mudando a vida de muita gente (você sabe bem do que estou falando).
Pessoas como nós só conseguem criar, manter e expandir empresas se estiverem cheias de nós, de nossa visão e de nossa identidade.
Com tudo isso, não há dúvidas de que estamos falando de um novo movimento, e você, sendo a pessoa que é, tem sua responsabilidade em ocupar essa posição.
O que acontecerá com o mundo se mudarmos a partir de agora nossa forma de gerar valor para nossos negócios ocupando o nosso lugar de líderes visionários?
Chegou a hora de redefinirmos o sucesso: que não é rígido, é humanizado. Porque primeiro humaniza o empreendedor trazendo seus valores para o palco, podendo assim, humanizar o negócio.
O rumo da história dependerá da nossa maturidade que olharmos para o valor dos nossos negócios.
Esse é o manifesto sobre uma nova visão poderosa de empreender com mais sabedoria.
Sobre exercer uma liderança visionária para 2024: uma nova mentalidade dos profissionais de valor.
Você está sendo convocado.
Aguarde!