Por que eu vim morar 1 mês no Rio de Janeiro?

Roberta Souza e Silva
Roberta Souza e Silva
9 Julho, 2022

A vida é uma sucessão de fatos que só serão verdadeiramente entendidos no final dos nossos tempos. O momento em que olharemos para trás e entenderemos a mágica perfeita com a qual foi desenhada, costurada por momentos que pareciam o fim, enquanto que eles eram novos começos.
Até lá, o que nos resta, na simplicidade e não na redução da palavra, é se lançar a essa insana, emocionante e alegre experiência que é viver - com a sabedoria de se fazer uma única pergunta todos os dias: " O que a vida quer de mim hoje?"

A chegada no Rio já é mágica.

Hoje faz exatamente 1 semana que estou no Rio, e hoje é o primeiro dia que me sinto devidamente em casa.
Rio é tudo em BOLD: muito lindo, muito trânsito, muito barulho, muitos lugares incríveis, muitas pessoas queridas, muita coisa para fazer, muito sol, muito.
Nesses 7 dias, eu que cheguei de um inverno que passava o dia todo com ar condicionado ligado, dei uma "baqueada".
Tive bastante dor de cabeça no primeiro dia, tipo uma tensão nas costas também, talvez pela viagem. Comecei a me sentir melhor na sexta.
Adaptação pura. Eu estava conhecendo o Rio e ele, me incluindo nesse caldeirão aqui.

Na primeira semana de Rio, já tivemos uma aula ao vivo do Elemento Beta falando sobre gestão de tempo e carreira (o Elemento Beta tem aulas quinzenais para que eu possa ir acompanhando os alunos e estar presente durante todo o processo de estruturação do negócio). Foi especial porque fizemos uma avaliação do primeiro semestre - todas nós testemunhamos histórias de medos que foram transformadas em ação, em resultados - foi lindo mesmo - e depois conduzi, através de perguntas, o planejamento para o segundo semestre.

Profissional liberal, que é o público dos meus cursos, precisa ter em mente que quando se fala em carreira, não tem como deixar o CPF separado - por isso, essa consciência precisa estar presente na hora que você for estruturar seu negócio - porque vai impactar e ter relação direta na sua vida pessoal.

Dando aula para alunos do Elemento Beta. Camila, a amiga com a qual estou morando no Rio, fez essa foto e sei que será uma daquelas fotos que nunca vou esquecer.

Uma jornada sempre começa antes: a vinda para o Rio também foi assim!

Uma grande transformação começou na minha vida há uns 2 anos.
Era um dos momentos mais "estáveis" da minha carreira e eu achei que alguma coisa não estava indo bem. Tinha um vazio estranho ali, sabe?
Na metade do ano passado, o término de um relacionamento longo, e, no final do ano, minha ida para Piracanga - conto toda essa jornada aqui.
Algo dentro de mim precisava de espaço para poder florescer aqui fora.

E é incrível como isso reflete no negócio: observe algo que você não consegue transpor no negócio, e veja quais limitações mentais e emocionais estão barrando você. Por isso, de novo, é tudo junto, CPF e CNPJ.
Quando a gente consegue aprender algo em um dos campos, pronto, o outro lado cresce também.

Dentro desse novo cenário da minha vida, entendi que a pergunta que eu tinha que fazer, a partir daquele momento era: "O que a vida quer de mim agora?"

Então, joguei fora os scripts e decidi que era hora de abrir um novo capítulo da minha história, que era hora de me conhecer melhor, como gente, como ser, como espírito. E eu me permiti ir fazendo isso, é um exercício a abertura para vida. Eu acredito que todos os dias a gente pode escolher virar alguma página, seja de qualquer coisa que a gente queira fazer diferente, das coisas mais simples até mais complexas.

Achar a própria Luz é uma tarefa exigente.

O que representa esse movimento pra mim?

Essa chegada no Rio vem dentro desse movimento de me explorar mais como pessoa, de renovar, de aproveitar a liberdade que meu trabalho me dá, de poder desfrutar daquilo que já tenho.
Fiquei pensando em tanta coisa, que fiz essa lista:

  1. Aceitar o desconforto do desconhecido
  2. Estar aberta para a Vida
  3. Dar-se a chance de fazer as coisas de forma diferente
  4. Permitir-se TRANSITAR
  5. Atender ao espírito que pede por mudanças
  6. Descobrir habilidades
  7. Poder estar em outro contexto, com outras pessoas
  8. Coragem para mudar
  9. Coragem para o renovo
  10. Aproveitar oportunidades
  11. Inspirar-me e sentir a Vida de um novo lugar (físico e emocionalmente).

Toda vez que você faz uma decisão de mudança, você precisa confiar em você, na sua capacidade de contornar, como um rio que flui feliz.

Novo home office

Quando me abro para o mundo, me conheço mais.
Quando me conheço mais, posso mais.

Por que o Rio de Janeiro?

Uma amiga minha, a Camila, a mesma com quem fui para Piracanga, está morando no Rio. Foi um convite dela de passar 1 mês aqui. Aceitei na mesma hora.
Olha que doido: a dona do apartamento aqui, amiga da Camila, está tirando um sabático de 3 meses. E alugou o apto para a Camila por 3 meses, que me convidou para passar um mês aqui. Resumo da ópera: o movimento de uma pessoa que você nem conhece pode mudar seu destino.
Por isso é que dizem que tudo está conectado. A história aquela da borboleta que bate as asas...essa aí mesmo.

É férias ou trabalho? Como é isso? Ou os dois?

A forma como estruturei meu negócio me possibilita essa liberdade na vida.

Há 3 anos, quando lancei o Elemento Beta (meu curso online), meu trabalho se tornou 100% online. E principalmente porque 4 meses depois que lancei o Elemento Beta, chegou a pandemia. Eu já estava preparada para o digital naquela época. As mentorias presenciais estavam sendo um sucesso há 2 anos, e pessoas de outros lugares me pediam o curso. O Elemento Beta é filho de 15 mentorias presenciais + mestrado + 7 anos de experiência de mercado (quando eu era dona de agência de relações públicas).

Portanto, sigo trabalhando normalmente aqui do Rio: produzindo conteúdo, dando aulas para os alunos do Elemento Beta, fazendo as consultorias.
Além da estruturação do meu negócio, o conteúdo que sempre faço faz com que eu venda sem vender. As pessoas acabam conhecendo muito sobre mim e, naturalmente, querem entrar no curso ou fazer a consultoria individual.
(Aliás, teremos algo especial que será lançado nos próximos dias - from Rio).

O que eu fiz no Rio em uma semana?

  • Na terça, no dia que cheguei, cheguei pelas 19h30, a Camila me levou para comer ceviche num restaurante peruano aqui, em Botafogo. Mesmo perto, andamos sempre de uber. Um restaurante com mesinhas na rua, ali já comecei a sentir como é o Rio. Muito vivo! Eu, já de manga curta...
  • Na quarta, fomos assistir no Museu do Amanhã - que está com um programação de Candlelight - Música à Luz de Velas, um tributo instrumental ao Queen, formado por um quarteto de mulheres. Foi belo e inspirador - me dando saudades das aulas de Filosofia, na Nova Acrópole, que ouvimos tanto sobre o poder que a música tem na nossa alma de relembrar o que é puro e belo.
  • Só a chegada no Museu já vale a pena!
A chegada ao Museu do Amanhã é espetacular, e ainda chegamos no pôr do sol.
  • Na sexta de tarde, fomos para a praia de Copacabana. Segundo a Camila que já morou no Rio, uma praia que recebe muitos turistas, uma praia "raiz" do Rio.
  • À tardinha, levantamos acampamento, andamos pelo calçadão uma meia hora até a Pedra do Arpoador para ver o pôr do sol.
Pôr do sol na Pedra do Arpoador com vista para o Morro Dois Irmãos.

É incrível a influência da geografia aqui: o Rio convida para curtir a natureza e as pessoas - cariocas, turistas - todos se rendem para esse convite.

  • No sábado, fomos para Ipanema, uma praia mais descolada, com uma vista diferente também - isso é interessante aqui, todas as praias tem vistas distintas para os morros, pelo recorte geográfico da cidade.
  • E depois fomos para o Pici Jazz Festival, que estava acontecendo na Praça Nossa Senhora da Paz. Fomos nesse lugar no sábado e no domingo. Eu amo jazz, e domingo estava especialmente interessante com o show do Tibi - que já foi vencedor do The Voice.
Vista de Ipanema para o morro Dois Irmãos.

No domingo à tarde, fomos ver o pôr do sol na Mureta da Urca. Uma galera vai pra lá, tanto turistas como cariocas. Ficamos sentadinhas em cima de um murinho mesmo.

Pôr do sol na Mureta da Urca.

No domingo ainda, depois do pôr do sol, fomos para uma feira na Praia Vermelha, no evento chamado "Carioquíssima na Roça", uma festa junina tradicional no Rio. Com vista para o Bondinho, que inclusive funciona à noite.
E depois, pelo segundo dia consecutivo, fomos para o Festival de Jazz, que citei acima.

Pici - Festival de Jazz na Praça Nossa Senhora da Paz

Primeiras impressões do Rio:

  1. Pode-se fazer muitas coisas num dia só, dias ficam longos;
  2. A natureza do Rio é indescritível - coisa de filme;
  3. Muitos eventos gratuitos - tanto a Feira na Praia Vermelha como o Festival de Jazz, por exemplo, gratuitos e abertos;
  4. Andamos sempre de uber, durante à noite, o que traz sentimento maior de segurança também;
  5. A recomendação é não ficar mexendo no celular na rua, só quando se chega nos lugares;
  6. Povo muito querido - na chegada ao Rio, entrando no banheiro no aeroporto, deixei cair meu livro no chão. Uma carioca juntou, muito fofa, anunciando um bom tempo por aqui.

Quero ir trazendo para o blog tudo que for acontecendo aqui.

A vinda para o Rio é mais uma parte desse processo constante de aprendizado sobre o mundo, sobre mim.
É estar com os olhos abertos para a vida, estando aqui ou em qualquer outro lugar.
Abertos para o convite que ela nos faz, que é diferente para cada um de nós.
Cada um no seu caminho, porque cada caminho apresenta os recursos dos quais necessitamos para agir e criar. Entendendo o nosso jeito de fazer as coisas, sendo fiel à nossa essência, à nossa porção.
E lembrando, sobretudo, que o caminho é só uma preparação para tudo o que precisamos aprender sobre o que é viver de verdade.

Com amor,
Roberta Souza.

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