Eu sou apaixonada. Uma ariana. Visceral. Na adolescência, sofria tanto de amor que logo cedo comecei a escrever poesia. Porque era tão intenso o rebuliço interno que tinha que escoar (risos).
A paixão, quando só ela vem, faz - muitas vezes - a gente esquecer da base. É como querer mudar algo dentro de casa: o reflexo imediato e inconsequente da ação faz a gente esquecer de ponderar informações importantes como medidas, luminosidade, preço, fornecedores…vai dizer que não é bem assim? (mais risos).
Para tudo que atalhamos, haverá o recomeço.
E como seria se nós uníssemos nossa paixão com uma boa dose de realidade e começássemos a olhar nosso negócio a partir desse lugar?
A gente está olhando o negócio pelo número de seguidores.
Não, gente, isso não é o suficiente. Negócio forte é um negócio que tem lucro.
Só a paixão cega. Só a paixão complica. Peças vão faltar nesse quebra-cabeça. E a gente está procurando as peças nos lugares errados.
Você precisa entender e estudar a base do seu negócio, os princípios que o moldam. Que é diferente da sua concorrente. O que funciona para outros negócios, pode não funcionar para você. E por isso mesmo você precisa entender do SEU negócio.
Percebe que isso é muito maior do que a gente está conseguindo enxergar?
“A superfície engana”, como ouvi ontem no doc do Mundos Possíveis.
Paixão e realidade.
Propósito e dinheiro.
Equilíbrio.
As pessoas que conseguem velejar nesse mar são as que mais admiramos, porque não estão sujeitas aos reflexos impetuosos e incendiários de suas paixões. Elas procuram melhorar para avançar ainda mais fortes, questionando-se.
Com amor,
Roberta Souza.